Após 75 dias, termina greve de professores da UEPB
Após terem recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) negado, os
professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em assembleia
realizada no final da tarde desta terça-feira (14), decidiram voltar ao
trabalho, depois de ficarem 75 de braços cruzados, afetando 22 mil
alunos distribuídos nos oito campus da instituição.
Apesar de
voltaram ao trabalho por força de decisão judicial, os responsáveis pelo
comando de greve acreditam que a grave foi vitoriosa. Mesmo sendo
suspensão imediata da greve, os professores decidiram retornar as
atividades apenas na quinta-feira (16).
Mesmo voltando ao trabalho, durante a última assembleia do comando de greve, ficou acertado que uma comissão permanente para discutir as reivindicações e lutar pela melhoria da universidade.
Representas
da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb)
afirmaram que dos 22 itens contidos na pauta de reivindicações, 20
serão atendidos a curto, médio e longo prazo, de acordo com a
disponibilidade da instituição, sendo este um compromisso do reitor
Rangel Júnior.
O indeferimento dos
recursos, que mantive a ilegalidade da greve dos professores, foi
ministro Felix Fischer. A decisão foi tomada ainda no dia 7 de maio, mas
só foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta terça-feira
(14).
O ministro
considerou que a Aduepb usou o recurso errado. Segundo Felix Fischer, os
professores poderiam sim recorrer contra a ilegalidade, mas isso
deveria ser feito no próprio Tribunal de Justiça e apenas em caso de
negativa, o caso poderia subir para o Superior Tribunal de Justiça.
O
decreto de ilegalidade foi dado em 24 de abril atendendo a uma ação
movida pelo Ministério Público da Paraíba. No dia 30 de abril os
professores decidiram manter o movimento mesmo com a imposição de uma
multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Na
reunião, o comando de greve analisou o reajuste que foi concedido na
última sexta-feira (10). A resolução do Conselho Universitário (Consuni)
deu um aumento de 5,83%, sendo 3% para ser aplicado agora em maio e os
outros 2, 83% para o mês de outubro. Os valores são os mesmos que foram
rejeitados pelos docentes, após uma reunião no último dia 6.
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Fonte: Portal Correio
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