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Integrantes do MST são executados em fazenda ocupada, na Paraíba; governo emite nota

Dois homens foram assassinados a tiros na madrugada deste sábado, (08), em uma fazenda localizada no município de Alhandra, litoral paraibano.

Segundo informações, as vítimas eram militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PB), e foram executados dentro de Acampamento , na área da Fazenda Garapu, ocupada pelo MST desde julho de 2017.

O crime aconteceu por volta das 19h, quando dois homens encapuzados entraram na área e atiraram nas vítimas.

José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino não resistiram aos ferimentos e morreram na hora.

Em nota, as direções do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e do PT e do PSTU se solidarizaram com as famílias das vítimas e cobraram justiça para o caso.


O governo do Estado divulgou nota lamentando o ocorrido e afirmando que o Governador Ricardo Coutinho "determinou imediatamente à Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social que se tomasse todas as providências possíveis para alcançar o mais rápido desfecho das investigações e, consequentemente, responsabilização dos culpados".

Leia a nota na íntegra:

NOTA

O Governo do Estado vem lamentar a execução de dois militantes do Movimento Sem-Terra na Paraíba, José Bernardino da Silva e Rodrigo Celestino, neste sábado (8), em Alhandra. E informar que o governador Ricardo Coutinho, que revelou profunda indignação contra o ato, determinou imediatamente à Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social que se tomasse todas as providências possíveis para alcançar o mais rápido desfecho das investigações e, consequentemente, responsabilização dos culpados.

Ainda que não seja possível dizer no momento se tratar de motivação social, não há como permanecer indiferente a este gênero de violência que volta a crescer assustadoramente no Brasil.

O Brasil precisa repassar em sua consciência todos os fatos históricos que o fizeram chegar até aqui e reprovar tudo aquilo que inspire intolerância seja contra os movimentos sociais, ou, em qualquer esfera, contra a vida.

É neste sentido, inclusive, que nesta segunda-feira (10), o Governo do Estado estará entregando pela primeira vez a Medalha da Liberdade, recém instituída, para Luíza Erundina, Elizabeth Teixeira, um símbolo de luta dos movimentos rurais, e Marielle Franco (in memorian), bem como assinando atos contra a tortura e em favor da Escola Sem Censura, a fim de valorizar toda a existência em favor da igualdade, da liberdade de pensamento, da democracia e, especialmente, dos direitos humanos. 

Só assim concebemos uma sociedade que possa viver coletivamente em busca de respeito, da paz e do progresso.




Da Redação com Portal T5 e SecomPB

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